22/11/2015

16. Oh Boy


Eu quero muito te beijar agora.
Demi
Não posso negar que passei a manhã inteira pensando no ocorrido de ontem. Mas também não posso afirmar que estou me iludindo com tudo isso. Foi algo do momento, já passou. Foi bom? Foi. Me trouxe sensações novas? Sim. Só que eu duvido muito que algo possa se desenrolar. Yoongi não aparenta ser do tipo “sério”... Ai céus! Estou julgando-o por puro estereótipo.
Tudo bem. Já chega de pensar nisso. Eu deveria estar prestando atenção na aula de economia ao invés de pensar em garotos. Só assim irei crescer sendo uma cidadã americana consciente e pensar no garoto asiático que me beijou ontem não acrescentará em nada.  
Ai céus! Quando foi que me tornei este tipo de garota? Eu não sou este tipo de garota e nada vai me mudar só por que eu dei meu primeiro beijo. Quer dizer, isso soa tão infantil, tão treze anos. Eu sou uma mulher madura, prestes a completar dezessete e tenho um foco. E este foco não inclui o Yoongi, apesar de ele ser um fofo e ter um lindo sorriso...
Merda! Eu estou fazendo de novo. Ok, ok. O que a professora falava mesmo?
Os gráficos indicam...”.
Meu raciocínio foi interrompido quando senti algo cair sobre minha mesa. Era uma bolinha de papel amassada. Não liguei para ela. Tentei me concentrar novamente, porém um novo papel chegou. Olhei para o lado a procura de um culpado e vi Yoongi sentado a duas cadeiras depois de mim com um sorriso descarado enquanto acenava com a mão levemente.
Eu não sabia que tínhamos a primeira aula juntos. Obrigado deus! Você está fazendo o meu dia começar muito bem.  
Leia”. Li em seus lábios.
Eu nunca troquei bilhetinhos na aula. Não sabia o que fazer. Peguei o primeiro papel e abri no meu colo – que estava sendo escondido pelo livro de geografia -.
A caligrafia de Yoongi era horrível – conseguindo ser pior que sua pronuncia. Ele havia escrito num inglês tenebroso o seguinte:
Você, acha que eu beijo bem?
Uma parte de mim corou. Eu sabia que ele estava rindo de mim. E a outra parte lamentou internamente o fato de que ele separava o sujeito do verbo...
Resolvi responder e escrevi:
Eu não sei de nada. Só sei que seu é inglês é horrível.
Escrever uma resposta foi inútil, pois eu não saberia como mandar o papel de volta. Então somente o amassei e coloquei dentro da minha mochila. Yoongi continuou a me encarar o rosto da aula. Eu senti meu rosto ficar quente durante esse tempo. 

***

— Demi! — andava pelo corredor dos armários do colégio. Virei-me para trás e vi Yoongi correr em minha direção. Olhei para baixo por alguns instantes, suspirando.
— Você está fugindo de mim? — andávamos lado a lado. Forcei-me a olhar para frente, mas era impossível não se incomodar com o seu olhar sobre mim.
— O quê? O que te faz pensar isso? — disse sem o olhar, pois era óbvio que eu estava mentindo.
Em um ato rápido, Yoongi segurou o meu rosto e assim foi me empurrando até meu corpo ficar contra a parede. Ai céus! Meu coração começou a bater descompassado. A distância entre nós era tão mínima.
— Aish! — ele reclamou, quer dizer, eu acho. Não conheço esta expressão. — Eu não sou um pabo!
Obriguei-me a encará-lo de cenho franzido, eu não entendi o que ele quis dizer.
— Idiota. Pabo é idiota em coreano... — então ele era coreano...
— Ah! — minhas mãos suavam.
— Eu gosto de você e ontem eu não te beijei por estar bêbado ou algo assim. Mas eu te entendo, ainda não nos conhecemos. Mas, por favor, não me afaste! Eu quero ser seu amigo. — ele foi bem direto e soltou o meu queixo. Agradeci mentalmente por isso.
 — Hum... — murmurei por não ter o que falar.
Foi impossível ocultar a sua decepção quando ele começou a se afastar.
— Yoongi! — eu o chamei, pronunciando seu nome verdadeiro de forma errada. Chamá-lo de Mason era tão estranho, tão ocidental...
Espremi meus livros contra o meu peito e fui andando atrás dele.
— Para aonde vai agora? — perguntei só para puxar assunto e desviar a atenção do momento anterior.
— Um lugar. Quer vir comigo?

***

Eu tentei pensar que não fazia nada de errado ao cabular o meu horário de estudos (eu sei que é uma “aula” vaga, mas eu deveria estra estudando para acompanhar o ritmo do colégio). Mas eu simplesmente não consegui. No momento em que sentamos no jardim, uma sensação de pânico e alerta me dominou. Como se eu estivesse pronta para ser pega em flagrante.
— Você deve relaxar! — ele disse, deitando-se na grama.
— É... Tudo bem. — concordei e respirei fundo.
Era um lugar muito bonito apesar de ser um típico jardim. Um espaço imenso coberto por variados tipos de flores e cores. Havia um mini “lago” (nem sei se posso chamar assim) com uma ponte o atravessando. E uma grande estatua de uma mulher despida no centro.
— É muito bonito aqui... — comentei.
— É. Pena que é proibido...
— Como assim? — o encarei confusa.
— Os alunos não podem entrar aqui. — ele disse normalmente.
— Então o que estamos fazendo aqui? Yoongi, vamos embora! — preparei para me levantar, porém ele segurou o meu braço.
— Ei, ninguém vai nos ver aqui. Deita! — ele pediu com um sorriso. Eu respirei fundo mais uma vez e me deitei ao seu lado, tentando realmente acreditar em suas palavras... Ninguém nos pegaria aqui.
— Me diz coisas sobre você... — estávamos muito quietos. Queria aproveitar a oportunidade para conhecê-lo melhor.
— Hum... Eu sou coreano. Meu nome completo é Min Yoongi e meu nome americano Mason. Eu to aqui há dois anos. Meu inglês é horrível. Eu não gosto de chocolate. 
— Espera como você não gosta de chocolate? — perguntei abismada. Era possível isso?
— Tem um gosto horroroso. — Yoongi disse com uma careta.
— Você é louco! — eu ri.
— Ok. E você? Qual sua cor favorita?
— Azul. Me acalma.
— Eu acho que é uma cor bonita, principalmente quando está nesse tom. — ele apontou para o céu completamente sem nuvens, apenas o azul. E era exatamente o tom que me agradava.
— Você tem irmãos? — perguntei após mais um período de silêncio.
— Não. Minha família queria ter apenas um filho. Um homem. Eles conseguiram em parte, mas eu não sou exatamente alguém que eles possam sentir orgulho, principalmente na Coreia. Por isso viemos para cá. — ele disse de uma forma que deixou claro que havia mais coisa nessa historia, mas eu não quis forçar.
— Acho que você já deve saber por que eu estou aqui então não-
— É. Eu sei. Mas do ponto de vista da sua irmã. Vocês são pessoas diferentes... Me conte o que você acha de tudo isso? — ele virou para mim, me encarando com um sorriso. Seus olhos se curvaram. Nem me toquei que ele havia me interrompido. 
— Eu acho uma mudança positiva. Tantos para nós, quanto para Laura. Selena precisava sair de seu mundinho fechado em Nova Jérsei e eu precisava sair do meu mundinho também. Minha vida sempre foi resumida em estudar e estudar... Nunca mudou. Eu precisava de um empurrãozinho, sabe? E estou feliz com isso. Apesar de que é complicado conviver com Arthur e Sidney... Estou aprendendo a perdoar com o tempo. — falei, encarando as minhas mãos. Senti vergonha, pois Yoongi ainda me encarava com um sorriso.
— Cara, você fica tão sexy quando fala. — ele estava estranhamente perto. Conseguia sentir sua respiração contra o meu ouvido e sua voz sussurrada. — Eu quero muito te beijar agora.
— É? — perguntei nervosa. Minhas mãos tremendo e o meu coração acelerando forte, muito forte.
— É.
Fechei os olhos para apreciar o momento. Era tão bom.
— Mas eu não vou. Não ainda. Ainda não nos conhecemos direito, você não quer isso.
Então ele se afastou, voltando a encarar o céu.
Admito que fiquei decepcionada.
Abri meus olhos e passei a deslumbrar a visão do Yoongi observando o céu com um dos sorrisos mais bonitos que eu já vi.
Então meu dia passou assim: deitada, trocando conversas e carinhos tímidos e superficiais com Yoongi. Nem me liguei para o horário. Eu só queria aproveitar o momento. 
Foi só mais um dia anormal na minha lista de dias anormais desde que cheguei aqui. 

Tá. Eu confesso. Capítulo bem blé apesar da minha demora. Mas eu precisava fazer um momentinho fofo (na minha cabeça foi fofo, procede?) deles. 
Eu não sei mais o que falar galerinha. Eu só amei, amei de todo o coração os comentários passados haha. Eu tenho que correr aqui para adiantar o próximo. 
Daqui a uns dias o blog fará um aninho ❤️! Minha meta era terminar a fanfic antes disso, mas né...
E sobre este encontro "jelena", o que acham? Eu sinceramente espero que não seja nada demais...
Tchau, tchau gente! Hoje é o “Amas”, preparados? Eu só quero Selena!

olha para ela ksjhjjkjk para de me fazer questionar minha orientação sexual, iu 

20/10/2015

15. Crooked



Pode me chamar de rebelde. 
Selena
Eu sei que sou uma garota mimada, porém a culpa não é 100% minha. Eu tive pais que me criaram e me esculpiram assim, fora dos eixos. É bem fácil colocar a culpa em alguém, mas o que posso fazer quando essa é a verdade?
Quando eu era pequena, eles me tratavam como uma princesinha. Eu passei a odiar isso. Odeio a Disney, odeio bonecas, odeio rosa e odeio pessoas que agem como protagonistas de filmes da Disney.
Eu percebi que o lado contrário é melhor, a minoria é sempre melhor. Porém a minoria é tachada de rebelde, pois quem é contra o tradicional é assim, simplesmente.
Bem, pode me chamar de rebelde.
No começo, eu só agia assim para perturbar Laura. Um castigo por ela ser domada e quase não ter, e ela realmente não tinha nada, autonomia sobre si. Ela dependia de Arthur para tudo; financeira e emocionalmente. Só há um ano que ela aprendeu que deveria declarar a sua independência. Não a culpo por este estágio, eu fingi que sim, porém nem faz mais sentido. Agora eu a culpo por só ter se tocado agora de que ela não precisa de homem nenhum em sua vida para ser feliz, ela deve ser feliz com ela e por ela. Por isso, não a tomo como um exemplo para minha vida.
— Você quer café? — uma voz irritante de sotaque australiano perguntou, acabando com toda a minha vibe de reflexão sobre a autonomia feminina.
— Que? — perguntei, olhando para o lado. Sidney estava parada segurando a cafeteira. Respondei com um aceno negativo de cabeça e fiz uma careta, pela presença dela e pelo café. Ela assentiu e pôs a cafeteira na mesa, sentando-se de frente para mim. Sidney queria me dizer algo, me adiantei.
— Por favor, não diga nada! Eu não gosto de você e detesto mais ainda quando força a barra. Com o tempo, posso até aceitar que respiramos o mesmo ar e que de agora em diante será minha “madrasta” ou qualquer porra dessas. Mas nós nunca seremos amiguinhas, coloque isso na sua cabeça. — Fui sincera e comecei a comer uma torrada que estava no meu parto. Sidney suspirou derrota e passou a prestar atenção em seu próprio café da manhã.
— Bom dia! — Arthur chegou à sala de estar sorrindo, ele olhou para mim, mas eu desviei o olhar enquanto ele depositava um beijo nos lábios de Sidney. Nojo. — Então, como foi a festa ontem?
Ele estava mesmo me perguntando isso?
 — Legal. — respondi só para acabar com essa tentativa fodida de conversar comigo em paz.
— Você... Aparentemente não bebeu...
— É. — revirei os olhos mordendo minha torrada mais uma vez, tentando deixar claro o meu desinteresse. Ele desistiu e ficou conversando com Sidney.
Muito bem. Terminei o meu café. 

***

Demetria acordou cedo hoje, porém passou quase a manhã inteira no quarto. Nos perdemos na festa ontem e eu resolvi ignorar este fato durante o momento. Estava sendo legal ficar com Dylan até eu me lembrar de que tinha um namorado e ele me esperava em Nova Jérsei. Não me senti culpada, Steven também já fez muita merda só que isso me fez lembrar do quanto que sentia falta dele, nem ao menos uma ligação havia feito. 
Assim que terminei meu café, subi de volta para o quarto. Ainda era sete e meia da manhã. Não sei por que acordei tão cedo.
Ao entrar no quarto encontrei com Demi sentada em sua cama penteando seu cabelo.
— Me empresta seu celular? — perguntei, já caminhando até sua bolsa para pegar o aparelho.
— Para que? — perguntou de volta, virando-se para mim.
— Eu quero fazer uma ligação. — respondi dando de ombros, achei que fosse óbvio.
— Para quem? — meu deus! Por que ela está tão chata hoje?
— Eu só quero ligar pro meu namorado. É crime? Você sabe que estou sem celular. — falei, sentando-me na cama. Demi revirou os olhos e deu de ombros, ela reprovava isso. Mas eu não ligo. Enquanto a ligação completa a chamada, resolvo provocar. — O que você fez ontem naquela festa para estar tão chata hoje, hein?
Seu rosto ficou rapidamente vermelho e ela virou o corpo, ficando de costas para mim.
— Por que você está me enrolando? Desde ontem que está assim. Ficou com alguém? Perdeu a virgindade? Quê que aconteceu? — a enchi de perguntas. Céus, este menino não vai atender o celular nunca não?!
— Ai, Selena! Dá para parar de me encher? — ela disse irritada. — Não aconteceu nada demais eu só...
— Espera um pouco. — taquei meu travesseiro na cara dela assim que Steven me atendeu.
Hum... Quem é? — ai que idiota.
— Sou eu, Selena. — falei mordendo meu lábio, Steven se calou.
O que você quer? — perguntou ríspido. O que é que eu tinha feito agora?
— Por que você está falando assim? — Demi me olhou preocupada, a ignorei.
Não sei. Talvez porque você tenha sumido sem me falar nada? Mas que porra Selena! Eu tive que ir até a sua casa, falar com a sua mãe. Ela praticamente jogou na minha cara que eu era um vagabundo! — seu tom de voz começou a aumentar. Ah sim, ele não sabia que eu tinha me mudado. Mas que burra que eu sou.
— Steve... — eu não sabia o que dizer. — Desculpa. Eu me esqueci de te contar. Aconteceu tudo rápido demais! No mesmo dia que voltei para casa, Arthur estava lá para nos arrastar para cá. Eu te falei do estágio.
É, mas eu estava bêbado demais para me lembrar.
— Aí a culpa já não é minha, certo? Eu estou com saudades.
Eu também... Quando você vai voltar? Está sendo insuportável aqui. Meus pais resolveram ficar jogando coisas na minha cara. Quero mandar os dois se foderem! — ele suspirou, sabia que estava cansado.
— Eu vou ficar aqui por... Hum... Mais ou menos três meses.
Silêncio.
Eu vou desligar.
— Espera-
E ele desligou. Bem na minha cara.
Filho da puta.
— Problemas com o príncipe? — Demi perguntou sarcástica, tomando seu celular das minhas mãos.
— Vai se foder! — me joguei na cama, abraçando um travesseiro. — Você ainda não terminou de contar. 
— Ah, Selena... Eu só fiquei com o Yoongi... E... — arregalei meus olhos. — Quer dizer, não desse jeito... Ele só me fez companhia e tal... Só isso!
Demi cobriu o rosto com as mãos, envergonhada.
— Ai meu deus! — eu gritei. — Você o beijou?
Ela demorou um pouco para me responder.
— Tecnicamente ele que me beijou e foi só um tocar de lábios, nada demais. — Demi ainda cobria o rosto.
— E depois? — perguntei me aproximando de sua cama.
— Eu saí correndo e ele derramou sua cerveja em mim. — ela tirou a mão do rosto, mordendo o lábio.
— Eu não acredito! Como você é broxante!
— Ai para! — ela soltou um riso nervoso. — Eu fiquei assustada. Foi tão de repente e ele estava bêbado, não vai se lembrar de nada hoje.
Do nada, Dylan entrou no quarto olhando para Demi e ignorando totalmente a minha presença.
— Nós já estamos indo. — ele já estava com seu uniforme completo. Trocamos um olhar, porém ele desviou.
— Ok! — Demi disse se levantando para achar sua mochila, já estava com a minha em mãos. Dylan assentiu e saiu do quarto. Estranho. Ao encontrar sua mochila, Demi me encarou. — Mas o que você ficou fazendo durante a festa?
— Nada. — menti. — Vamos logo.  

***

Na festa ontem, eu tinha ido ao banheiro não só pela vontade de me olhar no espelho, mas também para olhar o resto da casa. Ela era gigantesca! Igualava-se a casa de Steven aonde fazíamos nossas festinhas particulares e eu voltava chapada para casa, consequentemente ficava de castigo, mas eu fugia.
Saudades. Saudades do meu namorado, da minha antiga vida. Tá ok, não to aqui faz nem uma semana completa, mas sinto como se já tivesse sido torturada o suficiente por que não é possível. Viver sob o mesmo teto que seu pai traidor e a amante vaca dele é o cúmulo!
Caminhei pelos corredores para voltar para o bar, aonde pegaria uma bebida. Não vou sair daqui sem beber.
— Ei! — alguém me gritou. Virei minha cabeça para o lado, sorrindo.
Dylan saiu de um aglomerado de pessoas bêbadas e veio até mim.
— Cadê a sua irmã? — perguntou olhando em volta.
— Não sei. — dei de ombros e peguei o copo de sabe-se lá o quê de sua mão, ele protestou. — O que você faz em festas para se divertir?
— Nas festas da Taylor eu bebo e fico olhando as pessoas se pegando na piscina. — ele respondeu pegando seu copo de volta.
— Interessante, porém chato.
— Então o que a senhorita sugere? — ele perguntou, um garoto passou por nós, nos empurrando. Soltei um palavrão.
— Eu sugiro que a gente beba e a gente se pegue na piscina. — falei sorrindo e o puxei pela mão. Não sabia aonde era a piscina, mas minha intuição me guiava para um lado.
— O-oque você tá louca? — ele disse, gaguejando e confuso.
— Cala a boca! — soltei sua mão e o empurrei na parede, o beijando sem cerimônias. Sim, eu sou uma puta de uma vadia. Mas qual o problema quando eu amo essa palavra? Dylan não reagiu contra, apenas aceitou o beijo de bom grado e embrenhou seus dedos pelos meus cabelos.
Deixei-me levar pela vontade que me possuía por completo. No momento, eu me esqueci de Steven.
Mais alguém passou por nós, empurrando meu corpo contra o dele, separei nossos lábios por alguns segundos e ri.
— Por que você está rindo? — Dylan perguntou confuso, mas seus olhos encaram a minha boca.
— Nada. — o puxei pela cintura, colocando minha perna junto de sua coxa; voltamos a nos beijar com devoção. Meus dedos acariciavam seus cabelos, depois escorreram pelo seu pescoço, onde resolvi passar os lábios e a minha língua.
A outra mão de Dylan estava em volta da minha cintura, ele subiu um pouco a mesma e a passou entre meus seios cobertos pela cropped. Ele respirava com dificuldade, e então desceu a mão novamente, acariciando minha coxa com maestria.
Me afastei e mordisquei meu lábio inferior.
— Eu estou gostando, confesso — eu disse, abrindo um sorriso. — Mas acabei de lembrar que eu tenho um namorado. 

E o prêmio de filha da puta do ano vai para... Selena! Isso mesmo! Fica se pegando com o cara para no meio do momento acabar com as coisas, que feio selly </3 Eu disse que ia postar só depois do enem, certo? (Ou foi aqui, ou foi no twitter). But, bateu uma inspiração e eu já estava cansada de estudar e resolvi escrever um capítulo da Sel para vocês ❤️ (Acho que todo mundo sacou, ou não né, mas este final é o flashback da festa, tá? qq)
Eu amei os comentários do capítulo passado, sério! Quase chorei q’
Mas enfim né, não tenho muita coisa para falar. Espero que gostem ❤️
 
she's perfect ❤️

18/09/2015

14. Wild Ones



Eu nunca fiquei com um cara.
Demi 

Antes de subirmos a um lance de escadas, Yoongi parou no bar. Ele pediu uma cerveja para si e suco de fruta para mim, eu fiquei chocada ao saber que eles tinham alguma bebida que não fosse alcoólica.
Esperamos alguns minutos e logo voltamos a nossa caminhada para o segundo andar, enquanto eu me deliciava com o suco.
— É até meio clichê, sabe? — Yoongi comentou, quando já subíamos os degraus. O olhei meio confusa e ele continuou. — Você!
— Eu? — perguntei espantada e parei de beber, mas um bigodinho de espuma se formara sobre os meus lábios.
— Sim. — ele confirmou rindo e deslizando suavemente seu dedo contra minha pele para limpá-la. — O fato de você ser aluna nova, toda quieta, não beber cerveja, ter uma irmã louca, ir a uma festa no primeiro dia de aula e conhecer um garoto que vai te corromper.
— Hum... Você quer me corromper? — perguntei curiosa.
— Esse é o plano. — ele disse rindo e voltou a andar. Fiquei parada por uns segundos, até ele me chamar.
Esse é o plano!”. Você está se envolvendo demais Demetria!

***

 Entramos no primeiro quarto visível da escada, eu fiquei meio assustada por conter bastante gente nele, porém Yoongi segurou minha mão, e o cômodo era grande o suficiente para toda essa gente.
Quando a porta foi fechada, não dava mais para ouvir o barulho da música alta no andar de baixo.
De todos os adolescentes presentes no quarto, cerca de dez estavam sentados, no chão, formando um círculo. Esses adolescentes riam à toa. Dentre todos, reconheci uma. Taylor. A garota que me apresentou o colégio hoje... Ela definitivamente não parecia ser a mesma pessoa. Estava só de sutiã e uma saia curtíssima. Como era magra...
— Onde você estava? — gritou um garoto da rodinha.
— Hum... Fui pegar algo para beber e chamar uma amiga. — Yoongi soltou minha mão e foi caminhando para sentar-se na roda, o segui. Duas garotas abriram espaço para nós, sentamos entre elas.
— Tá, vamos começar agora? — o mesmo garoto anterior falou e depois sussurrou algo no ouvido de uma garota enquanto entrelaçava seu braço no dela, que sorria animada para ele.
— Eu começo! — uma garota aleatória gritou com entusiasmo. Yoongi me deu um copo de plástico vazio, o coloquei à minha frente junto ao copo de suco. — Eu nunca entrei em coma alcoólico.
Arregalei meus olhos quando as duas garotas sentadas ao meu lado, beberam um gole de vodca.
Os demais não ficaram tão surpresos.
— Eu nunca usei maconha.
Desta vez, todos, além de mim, beberam um pouco. Até mesmo Yoongi. Este jogo é ótimo para conhecer as pessoas...
Continuaram a jogar.
— Eu nunca fui preso.
Ninguém bebeu.
— Eu nunca tentei suicídio.
Quase engasguei ao ver cinco pessoas levaram o copo à boca. Mas por que eu estava surpresa, afinal? Minha própria irmã já o tentara.
— Eu nunca participei de uma orgia.
O garoto de antes lançou, muitos eu nunca’s e rodadas depois.
Minha cara foi impagável. Minha boca se abriu de um jeito impossível de se repetir ao ver a “educada e boa moça” Taylor beber não só todo o seu copo, como pegar o do garoto ao seu lado.
Todos riram e bateram palmas, eufóricos. E quando tudo cessou, chegou a minha vez de falar.
— Hum... Eu nunca fiquei com um cara. — sei que minha confissão fora boba, diante de todas as coisas absurdas ditas aqui, mas eu nunca havia feito mesmo.
Todos, então, terminaram suas bebidas e começaram a conversar alto demais.
Acho que o jogo acabou com a minha confissão ridícula.
Yoongi já estava me olhando... Resolvi perguntar:
— Você já fumou maconha mesmo?
— Sim. — ele respondeu, dando de ombros. — Você nunca ficou com ninguém mesmo?
— Sim. — respondi, escondendo meu rosto com as mãos.
— Eu sei que não deveria fazer isso, mas eu estou bêbado demais e nem vou lembrar que fiz isso amanhã, então... — Yoongi tirou as minhas mãos do rosto e passou a olhar intenso, abri a boca para perguntar do que ele estava falando, até ele me surpreender com um beijo.
Eu não sabia como descrever o que sentia. Era estranho. Era bom. Eu não sabia o que fazer e estava assustada. Minha única reação fora empurra-lo, separando os lábios de ambos e sair correndo. Resultando em ele, assustado, derrubar sua bebida na minha roupa.

***

Saí do quarto correndo e acabo tropeçando em pessoas bêbadas que dançavam loucamente. Dançavam como selvagens. Eu nunca me habituaria àquilo. Eu era certinha demais. E como próprio Yoongi falou: eu sou clichê demais.
O cheiro de álcool já tomava conta da minha roupa. Meio desnorteada e sem saber para onde ir, entrei em um dos quartos do corredor. Talvez tivesse um banheiro ali.
Ao adentrar o quarto, vi logo uma porta de madeira ao lado do “closet” e presumi ser um banheiro. Entrei só para confirmar minhas suspeitas.
Fiquei encarando meu reflexo no grande espelho antes de notar uma prateleira cheia de toalhas brancas e limpa.
Eu até que estava bem.
Peguei a toalha e a molhei um pouco, para enfim, passar o pano úmido pela a minha blusa e uma parte dos meus seios.
De repente, ouvi o barulho da porta se abrir e logo em seguida fechar. Congelei e arregalei meus olhos. Me agachei e tentei olhar pela frestinha da porta quem havia entrado... Era um casal e eles estavam se beijando vorazmente enquanto o rapaz deslizava a mão por todo o corpo da garota.
Eu não queria ficar espionando e nem ser espectadora de um provável sexo. Tapei meus ouvidos com as mãos e cantarolei uma música, baixinho. Automaticamente arqueei as minhas sobrancelhas quando os gemidos começaram.
— Oh! — a garota suspirou e eu mordi meu lábio, nervosa. — Joe...
E para melhorar a minha sorte, eu - não sei fiz isso -, consegui com ajuda da toalha derrubar o pote de sabonete líquido em cima da pia.
O casal parou no mesmo instante.
— Hum... Quem está ai? — uma voz grave perguntou, provavelmente o rapaz, o tal “joe”.
— O-oi! — respondi abrindo a porta devagar, meu rosto queimando de vergonha. A garota estava deitada na cama com parte de seu vestido levantado, ela o abaixou assim que me viu.
— O que você está fazendo aqui? — “Joe” falou, irritado. Por que eu tenho culpa de ter atrapalhado o sexo deles... 
— Tecnicamente, eu já estava aqui antes de você, então... — “você não pode falar nada” completei mentalmente, óbvio. Mexia minhas mãos descontroladamente, fazia isso quando estava nervosa.
Ele revirou os olhos e me encarou sério, olhei para o chão.
— Não fale para ninguém que me viu aqui, certo?
— Hum... — assenti, sem entender bem o que ele quis dizer. — Ok...
— Muito bem!
Então ele saiu do quarto e me deixou a sós com a garota que me lançou um olhar de nojo antes de sair.
É, eu ainda fedia a álcool. Essas com certeza não são as melhores lembranças de uma primeira festa decente. Mas eu havia dado o meu primeiro beijo, afinal...

O capítulo passado flopou legal e eu broxo com isso cara :c 
Nem me importei de ter demorado, já que poucas pessoas leem mesmo. Não tá muito bom, eu sei. Poderia ter ficado melhor, eu sei. Mas eu também não tive tempo. O Enem está chegando e eu vou fazer a prova, apesar de eu ainda não estar no terceiro ano. Estou estudando para caramba para recuperar notas ruins da escola. E eu também só não estava a fim mesmo (e desanimada com a quantidade de comentário né, mas ninguém liga). Eu sei que falei que a Selena também narraria e blá, blá, blá, mas resolvi que a parte dela será flashback. 
Enfim, é isso! Tchau! 

21/08/2015

13. Determinate


Por favor, não esteja olhando para os meus seios.

Por Demi 

Fiquei alguns minutos refletindo sobre o que havia dito à Selena. E neste tempo percebi que, de fato, aquilo era a verdade. Todo o sentimento de inferioridade era vindo justamente dela, por que sempre quis me parecer com ela. Ter este espirito livre, viver sem pensar nas consequências...
Suspirei profundamente.
Por que tínhamos que ser tão diferentes?
Ela é como o fogo e eu sou a água, porém não posso domina-la. Eu não consigo apagar as suas chamas.
E isso me frustra. Porque eu também não quero domá-la, só quero ter uma relação de irmandade. Não é pedir demais.
Olhei ao meu redor percebendo o quanto a casa parecia vazia.
Onde estaria Arthur? Será que eu poderia conversar com ele? Há quanto não temos uma conversa real e sincera entre pai e filha?
Por que tantas perguntas? 
Rolei meus olhos ao sentir meu estômago roncar. Há horas que não comia e nem sentia vontade. Mas mesmo assim caminhei até a cozinha, procurando por algo atrativo que pudesse enganar a fome. Optei por uma banana em meio às diferentes e coloridas frutas em cima da mesa.
— Você vai mesmo comer a banana verde? — uma voz tão familiar falou atrás de mim. Me virei vendo Arthur encostado e de braços cruzados sobre o vão da porta.
— Hum... — eu parei pensar. — Acho que não, não mais.
— Você está com fome? Eu trouxe cheesecake de amora, está na geladeira. — desencostou da porta para pegar a sobremesa. — Lembro que vocês eram loucas por isso quando pequenas. E só queriam deste sabor.
Sorri nostálgica. Eu havia pensado em recusar, mas realmente amava aquele bolo.
Ele trouxe um pires para a mesa, logo repartindo um pedaço para me entregar.
— Obrigada. — agradeci, já atacando... Meu Deus!
Ele sorriu com satisfação ao ver que eu tinha gostado.
— Sabe desde que vocês chegaram não tivemos tempo de conversar realmente. Quer dizer, há quanto tempo não nos vemos, uh? Coisas como essas só me fazem sentir o pior pai do mundo.
Ele não ficou surpreso por eu não protestar.
— E eu sei que deve ser difícil ter que se mudar de repente para outro estado e conviver comigo e com... Bem... A Sidney. Sei que não gostam dela, mas, por favor, não a culpem. Eu que cometi o erro, ela nem sabia que eu tinha uma... Família quando ficamos juntos. — disse desconcertado, afinal era tão difícil falar aquela palavra?
Eu prestava atenção em cada detalhe do que ele dizia, apesar de meus olhos encarem vorazmente o doce.
— Isso não muda o fato de que ela aceitou ficar com você de verdade depois que descobriu a sua “família”. — falei me aborrecendo. Ela é tão cachorra quanto ele, não adianta defender.
— Nos apaixonamos, Demetria! — falou suspirando derrotado e passando a mão em seu rosto.
Ele acha que estamos em algum filme da Disney, em que os dois protagonistas se apaixonam e fogem juntos para viver o amor?
— Você a ama? — perguntei sentindo vontade de chorar.
— Sim, Demi... A amo muito! — falou baixinho.
— Mais do que ama a mamãe?
— Sim... — murmurou com vergonha de admitir. — O meu amor pela sua mãe acabou há tempos...
Meu coração doeu com essa verdade.
— Mais do que ama a nós? — desta vez minha voz saiu fraca e meus olhos já se enxiam de lágrimas, mas eu consegui segurá-las.
Agora ele já me olhava, me encarando olho no olho.
— É algo totalmente diferente. Vocês são minhas filhas e ela...
Ela é uma mulher com quem você pode transar”. Pensei mentalmente e a vontade de dizer em voz alta me atormentou.
— Ainda não respondeu minha pergunta. — falei firme, agora com a feição séria.
— Não. Claro que não. — respondeu por fim.
— Então por que nos deixou por ela? Por que você a preferiu ao invés de nós?
— Isso não é verdade... Eu... — com o seu silêncio, tomei liberdade de concluir.
— Você não sabe o que responder.
Falei e saí com tudo da cozinha. Deixei até mesmo o cheescake lá porque ele me traz uma memória de nós quatro felizes comendo esta porcaria. Uma memória que ficou para sempre presa no passado.
O que eu não esperava era encontrar Selena na sala escutando tudo. Ela não me deixou falar nada, apenas puxou minha mão e saiu me arrastando até o quarto. 

***

— Você parece uma otária chorando. Pare de chorar! — Selena falou sem paciência enquanto andava de um lado do quarto para o outro.
A encarei furiosa.
— Eu não estou falando com você, não me dê ordens!
Ela parou o que fazia para me encarar e balançar a cabeça.
— Demi querida, você não percebe o que está acontecendo? — perguntou, mas não me deixou responder. — Não podemos ficar uma contra a outra. Quer dizer, como vamos enfrentá-los? Você mesma ouviu a merda que Arthur disse... Mas isso não quer dizer que te perdoou por insultar meu namorado e me dizer aquelas coisas... Só que eu também falei coisas e você me fez sentir mal com aquelas coisa, sério... Mas... Hum... Foda-se!
Limpei as lágrimas que escorriam pela minha bochecha. Não entendo como alguém pode ser tão volúvel.
— E você só tem roupas horríveis. Vai ser difícil fazer uma combinação que preste, pois você tem um gosto péssimo... — caminhou até o armário, aonde guardava nossas roupas.
Começou a depreciação.
— Você não pode simplesmente fingir que está tudo bem entre a gente. — disse me levantando da cama onde antes estava sentada e tirei minha peça de roupa da sua mão. — E eu estava falando bem sério.
— Deixa de drama! Você não queria minha ajuda? E além do mais, não posso passar vergonha com você lá. Mas você não pode se vestir para os outros também...
Ela sempre foi meio contraditória.
— Não quero ir parecendo uma vadia! — reclamei cedendo um pouco, não sabia realmente como me vestir e ela poderia me ajudar com isso, mas isso.
As vadias estão dominando o mundo, Demi! As feministas não passaram anos lutando para hoje você com todos esses benefícios (que só conquistou por causa delas) está as chamando de vadias por se sentirem confiantes com seus corpos. Que hipocrisia! Cadê a sororidade? Na verdade, cala a boca! Eu vou escolher essa porra!
Falou como se possuísse toda a autoridade do mundo, o que acabou esgotando 110% da minha paciência. Mas eu já não estava mais a fim de brigar ou de chorar. Só queria achar uma roupa legal para ir à minha primeira festa e só.
Não é muito. Então me limitei a um revirar de olhos.
— Tudo bem, Selena! Mas só estou concordando com isso porque quero realmente a sua ajuda... Você continua sendo uma vaca. — ela não pareceu ofendida com o insulto.
— Tá. — deu de ombros e voltou a remexer no meu/nosso guarda-roupa. — Realmente, você não tem nada que preste aqui... Mas posso improvisar. 
Ignorei o que ela disse e afundei meu corpo em sua cama.
Minha cabeça começava a doer e, por mais que eu não quisesse - e eu juro que não queria-, eu pensava na conversa de agora há pouco.
Não é demais sonhar em ter uma família tradicional, com um cachorro – tenho que descartar a ideia, já que a Selena é alérgica-, e uma vida feliz?
Tá, é ridículo. Mas sonhar não é demais.
Talvez, em alguma outra dimensão, nós estamos juntos, vivendo como uma família. Sem traição, irmãs problemáticas ou coisas do tipo. Só sendo uma família... Feliz.

***
A festa começaria somente às oito da noite, o que eu achei tarde considerando que era quarta-feira. Mas está valendo. Selena começou a se arrumar um pouco antes disso.
Ela havia deixado a roupa que escolheu para mim em cima da cama antes de ir tomar banho.
Eu. Nunca. Tinha. Visto. Aquelas. Roupas. Na. Vida.
— De onde surgiram essas roupas? — gritei espantada, por não reconhecê-las.
— Eu achei essa saia perdida no seu armário e a cropped é minha, mas fica bem folgada em mim e a jaqueta eu achei embaixo da cama. Que louco né? – Selena falou, brotando de repente no quarto; ela estava enrolada em uma toalha branca.
— Você não deveria andar pela casa assim... — reprovei, suspirando.
— Ai Demi, cala a boca! — respondeu, revirando os olhos e começando a se vestir, sem se importar comigo ou com a porta aberta. Resolvi tomar meu banho.
Alguns minutos depois, já me encontrava de frente ao espelho, vestida e duvidando se estava bom. Quer dizer, a roupa estava bem bonita... Eu só não sabia se estava bom em mim. Minha barriga estava de fora e eu não achava isso legal. Quer dizer, acho, mas não em mim.
— Toma! Coloca isso ai. — Selena colocou um calor grande e algumas pulseiras na cama. Olhei para ela.
— Você vai assim?
— É, ué. Não está bom? — perguntou, secando o cabelo.
— Não, você está bonita. — respondi um pouco envergonhada. — Mas já estamos quase no inverno e está frio...
— Obrigada por me avisar, garota do tempo! Quais são suas previsões para amanhã? — ela respondeu sarcástica, enquanto colocava seus sapatos.
— Idiota! — resmunguei.
— Já está pronta? — perguntou alisando seus próprios cabelos.
— Sim... — coloquei minhas mãos no rosto, estou tão nervosa.
— Então vamos chamar o Dylan! — e pela segunda vez naquele mesmo dia, Selena puxou minha mão sem deixar que eu falasse nada e corremos apressadas até o quarto do Dylan; que, na verdade, não havia muito o porquê correr já que ficava ao lado do nosso.
Selena já estava com a mão na maçaneta pronta para abri-la, quando eu intervi.
— Selena, bata primeiro! Vai que ele está se trocando-
— Tá! — me cortou impaciente e bateu duas vezes na porta. — Ah que se dane! — e a abriu sem esperar resposta.
E só Selena mesmo para me fazer ver a mesma pessoa pelada mais de uma vez. Dylan estava de costas, com fones de ouvido e escolhendo uma roupa nas variadas opções em cima de sua cama.
Virei o rosto para o lado.
Selena se aproximou e retirou os fones de ouvido dele, sussurrando em seguida:
— Boo! — Dylan se encolheu com o susto e se cobriu rapidamente com a toalha, Selena caiu na gargalhada e eu corei de vergonha. — Acho que te encontrar pelado já é um ritual nosso, Dylan!
— Jesus! Que susto menina! — ele se sentou na cama, pondo a mão no peito esquerdo dramaticamente. — Será que... Vocês... Podem sair... Para eu... Me arrumar?
— Claro! — Selena respondeu virando-se de frente para o espelho e sorrindo. — Não demore! Estamos te esperando lá embaixo. 
***

Apesar de ser a minha primeira festa de uma garota que eu não conheço em um colégio novo e que fui convidada por um garoto que também não conheço, eu estava bem.
Quer dizer, não estava nervosa ou suando frio. Mas no momento em que Selena me largou para ir ao banheiro, eu me senti deslocada.
Eu olhava para todas as pessoas ao meu redor rindo como loucas, bebendo, fumando... O cheiro era insuportável e aquele definitivamente não era o meu tipo de música favorita.
A bagunça era indescritível. Havia confete jogado por todo o chão, assim como salpicado por cima dos móveis.
E a casa era tão bela, tão luxuosa. Nunca havia entrado em um ambiente tão chique assim.
Suspirei e bebi um pouco do ponche que me deram, que até agora estava intocado.
Ok. Aquilo definitivamente não era ponche.
— Olá! — mãos fortes taparam meus olhos, porém se não fosse pelo forte sotaque e a pronuncia ruim, eu teria me assustado.
— Oi, Yoongi. — tirei suas mãos do meu rosto e sorri sem graça.
— Cara, você está gostosíssima! — ele falou, fazendo uma careta exagerada de surpresa.
— Obrigada! Você está bonito também...
— Hum... Obrigado! Onde está sua irmã? — ele perguntou, puxando uma almofada e colocando no chão para poder se sentar ao meu lado.
— Ela foi ao banheiro há alguns minutos. — falei.
— E você vai ficar aqui sozinha? — Yoongi/Mason perguntou com um olhar torto.
Eu estava querendo ser independente da Selena, mas cá estou eu.
— Bem, eu não sei o que fazer.
— O pessoal está brincando de eu nunca no andar de cima. Vamos para lá! — ele acenou com a cabeça e eu concordei, me levantando e ajeitando minha saia.
Estávamos no fim do outono, mas eu sentia muito calor. Terminei por tirar minha jaqueta e no momento que virei para frente para encara-lo, Yoongi me olhava com um sorriso descarado. Devia começar a me acostumar.
Por favor, não esteja olhando para os meus seios. Não esteja olhando para os meus seios...
— Você tem belos seios! — comentou e começou a andar pegando minha mão de forma delicada e me guiando até segundo andar. Quando senti o seu toque e juntamente com o teu comentário, tudo o que quis fazer foi abrir um buraco e me enfiar. Porém não nego que foi bom sentir o mínimo de ser tocada por um garoto e ouvir um elogio (por mais podre que seja). Eu não queria que aquilo acabasse. Eu definitivamente não queria que aquilo acabasse. 

Geeente, me desculpa!!!1 Eu não queria ter demorado quase dois meses, só que aconteceu duas coisas:
1 - Meu notebook quebrou. O cara levou para consertar e ele formatou e eu perdi absolutamente TUDO. O que contribuiu para o motivo dois;
2 - Pelo fato de o capítulo estar metade escrito e eu o ter perdido, me veio um bloqueio desgraçado e eu não conseguia escrever nada. 
E ai, preparados para o jogo do 'eu nunk'? Spoiler: altas revelações virão...
Pelo menos, deu 2.000 palavras né non? E o resto da festa será narrada tanto pela Demi quanto pela Selena (eu sei que o cap deveria ser dela, mas esta festa é importante para certo acontecimentos que envolvem a Demetria).
PROMETO NÃO DEMORAR ;) Desculpem qualquer erro, não gosto de revisar.
Um pequeno desabafo: O número de seguidores sobe, mas o dos comentários não. Por que, Brasil?
gif do yoongi sendo lindo para amenizar a vergonha pela demora :c

01/07/2015

12. Blank Space



todo mundo gosta de mim (com exceção de muita gente, mas tá valendo).
Por Selena

Minhas aulas seguiram monótonas.  As horas passaram silenciosamente, o suficiente para eu querer me matar. E o pior, é que todos pareciam focados no o que os professores diziam e eu não entendia, por mais que tentasse. Estar atrasada é uma merda.
E o professor de espanhol? Ficava me pressionando a falar algo; não é porque tenho descendência latina que eu sou obrigada a falar espanhol. Se tô aqui é para aprender. 
Logo depois da aula desse imbecil, tivemos uma espécie de “horário de estudos” em que os alunos não faziam absolutamente nada, só ficavam na biblioteca e fingiam estudar com uma senhora de quase 80 anos nos supervisionando. 
Neste horário, eu sentei com “os garotos de beleza mediana” que eu definitivamente não consegui gravar os nomes. Quer dizer, tinha um asiático, juro que não reparei nisso antes, absolutamente pálido (chegava a ser assustador), os outros dois tinham a cabeça raspada e eram parecidos. Me ferrei. 
— Por que você veio para cá? — o provável asiático perguntou, quando eu estava encarando o teto com a cabeça jogada para trás, morrendo de tédio. Sentei adequadamente na cadeira e o respondi:
— Minha mãe está viajando. Então eu vim passar um tempo com o meu querido papai que a traiu com a irmã do Dylan. — respondi forçando um sorriso. 
— Ual, a Sidney? — perguntou batucando a mesa com seus dedos finos. — Ela é legal. 
— Tanto faz. — disse sem vontade. 
— Você está gostando daqui? — ele perguntou de novo, enquanto os outros se mantinham em silêncio, esse garoto pergunta demais e eu gosto de falar.
— Eu sempre quis vir para L.A! — falei sem impaciência. — Mas minha irmã está mais empolgada que eu... 
— Você tem uma irmã? — o asiático se espantou, logo sorrindo. 
— Uma gêmea, infelizmente. Demetria!  Você vai encontrá-la sozinha por ai. Mas e vocês, por que estão tão calados? Isso me incomoda. 
Apontei para os outros dois. 
— O Yoongi que fala demais! — quem?
— Eu não falo demais! Gosto de conversar e conhecer pessoas. — o provável Yoongi se defendeu rindo levemente.
 — Selena é um nome muito bonito. — disse um. 
— Isso é coisa que se fale agora, Joseph? — repreendeu o outro e os três começaram a rir juntos, atraindo a atenção da velha senhora. — Desculpe. 
— Por quanto tempo temos que ficar aqui? — olhei pro meu livro de história em cima da mesa de madeira, não havia lido um paragrafo sequer. — Esse cheiro de papel mofado está me enjoando. 
— 40 minutos. — Yoongi respondeu, pegando o meu livro e virando algumas páginas. — E já passaram 20, se acalme um pouco... 
— Mas então, como gosta de ser chamadas pelos amigos? — “Joseph” que estava sentado à minha frente perguntou, se aproximando e me olhando de cima a baixo. 
— Somos amigos agora? — falei só para provocar. 
— Se é amigo do Dylan é nosso amigo. — Yoongi respondeu concentrado em ler sobre a guerra civil americana. 
— Sel. 
Olhei ao redor. Todos conversavam. 
— Muito bem Sel, gosta de festas?
— Sim, por quê? 
Surgiu um interesse repentino. 
— Uma aluna vai dar uma hoje. Quer ir com a gente?
— Tudo bem. — dei de ombros. 
— Eu não gosto dela. — Joseph falou. Acho que gravei o nome dele. — Uma vez tentou me obrigar a fazer uma orgia com mais três garotas. 
— E também porque eles namoraram. — Yoongi completou rindo ao ver a reação de Joseph quando mencionou isso, seu rosto se contorceu em uma careta. 
— Todo mundo têm algo que quer esquecer. — ele falou suspirando. — Namorar Taylor foi a pior coisa da minha vida. 
Esse nome me é familiar...
— É uma loirinha? — perguntei, prestando atenção...
— Sim, de olhos azuis. Ela provavelmente te apresentou a escola, certo? É a queridinha da diretora. — não foi o Yoongi e nem o Joseph que falaram isso, mas eu não sei o nome dele. — Ela é louca! 
— Será que podemos parar de falar dela? — Joseph indagou com desgosto. 
— Ele sempre fica nervoso com isso... — Yoongi sussurrou, mas Joseph ouviu de qualquer forma. — E por que vocês terminaram mesmo? 
— Calem a boca filhos da puta! — ele falou vermelho e se levantou da mesa, seguindo até a saída e ignorando os protestos da senhora. 
Dramático, gostei. 
— Está vendo? — Yoongi apontou para cena.

***

O relógio do meu ipod marcava 14:00. Eu estava parada no portão de entrada do colégio parecendo uma idiota esperando pelo Dylan e a Demi.
No almoço hoje, Dylan falou que Sidney não poderia nos buscar e teríamos que voltar de ônibus. O que eu achei ótimo por motivos de não querer olhar para cara de merda daquela mulher.
Dez minutos depois, o que foi muito em minha opinião, eles apareceram. Demi carregava três livros sobre o peito e Dylan caminhava na maior cara de pau. Quero socá-lo.
— Você me fez esperar por 40 minutos! — acusei, apontando meu dedo no seu rosto.
— Desculpa, a Demi foi se inscrever na banda do colégio e eu tive uma reunião surpresa com o time de Lacrosse. — falou, levantando os dois braços, se rendendo.
— Tá. — revirei os olhos e comecei a caminhar. — Desde quando você joga lacrosse?
— Desde sempre. — respondeu rindo e alcançando meus passos, não me importei em deixar Demi para trás. — Eu não te contei tudo sobre mim. E nem você.
— Acho que essas informações são suficientes para você ficar comentando sobre mim com os seus amiguinhos...
De repente ele parou de andar, seu queixo caiu.
— O quê? Não acredito que eles te falaram isso. — coçou a nuca sem graça e olhou para trás. — Vamos esperar a Demi, ela está correndo que nem uma desesperada e tem três livros na mão, olhe a grossura deles.
— Não mude de assunto. — falei, porém parei ao seu lado. Ele encarava o chão agora, definitivamente sem graça. — Uh, as calçadas aqui são deslumbrantes, lindas, não?
Provoquei e ele corou. Acontece que essas foram as palavras que ele usou para me descrever. Consigo ouvir a voz do asiático debochando.
“'Ela é deslumbrante e linda...' Sério, com essas palavras eu broxei legal. Eu diria que você é gata e gostosa”.
Gosto do Yoongi é sincero e tem um sorriso sedutor.
Demetria nos alcançou, meio ofegante.
— Desculpe, vocês andam rápido demais. — falou abafada passando a mão em seus fios pretos.
— Tudo bem. — Dylan ainda estava sem graça, e evitava olhar para mim...
Não o culpo, afinal todo mundo gosta de mim (com exceção de muita gente, mas tá valendo).
— Eu estou apenas brincando. 
***

Havíamos chegado há algumas horas. Fiquei no quarto jogando no ipod, pois Arthur estava em casa e eu queria evitar ao máximo olhar, conversar, respirar o mesmo ar que ele. 
Demi provavelmente estaria puxando seu saco lá embaixo. 
A musiquinha irritante do meu joguinho era o único som do ambiente, e já estava cansada de escuta-la. 
Um momento de silêncio e eu ouvi a porta se abrir. 
— Você vai à festa hoje? 
Elevei meu olhar até a porta, vendo minha querida gêmea debruçada sobre ele com os braços cruzados me encarando séria. 
— Sim. — respondi sem dar espaços para uma futura conversa. 
— Bem, Arthur liberou. — ela falou suspirando e vindo até a minha cama para sentar ao meu lado, estranha. 
— Eu iria mesmo que ele não deixasse. — voltei a me concentrar no candy crush, preciso passar dessa fase e ela está me atrapalhando.
— Você não conhece a cidade. Não estamos em casa, Selena! 
Ela precisa me lembrar disso? 
— Eu daria meu jeito. 
Não dou a mínima pro que ela fala. Demi suspirou mais vez, que irritante. 
— Eu também vou, mas... 
Parou de falar de repente. Será que ela não saca que eu não to para papo agora? 
— Você? — perguntei e ri sarcástica. 
— Sim! — se irritou e levantou da minha cama. — E iria pedir sua ajuda com a roupa, mas que... Urgh! 
Demi caminhou até a porta e parecia que ia sair, porém seus pés travaram e pude ouvir sua respiração funda. 
Por que se irritou tanto? É apenas a verdade, oras. 
— Sabe Selena, — dali mesmo falou com a voz baixa e tranquila. — Minha vida sempre foi um espaço vazio, branco. Eu nunca fui notada nem pelas minhas melhores qualidades, e agora tenho essa pequena chance de me reescrever, adicionar um pouco de cor a minha personalidade esquecida. Não deixarei que pessoas como você me botem para baixo. Cansei de suas piadas, dos seus deboches. Eu só queria ter um companheirismo com minha irmã, mas é quase utópico. Eu te amo, mas chegou a hora de eu viver minha própria vida e parar de me preocupar com o que pensam. Não. Tenho que parar de me preocupar com o que você pensa de mim. Porque foi sempre você Selena, sempre foi você.  


Stay strong, Demi! Isso aê, bota a cara no sol kiridan.
Mas e ai, me contem: O que acharam dessa revelação da  Tay? E pq ela e o Joe terminaram? Será que Demi vai se revoltar mesmo ou é só cu doce? E essa festa ai? ( ͡° ͜ʖ ͡°)
Até que eu não demorei né? Uma semana depois... Esse foi o plano de smp, acontece que a vida surpreende né qqqq E esse foi >acho< o maior capítulo da fanfic, 1.413 fucking words yaaa!
Eu to apaixonada por esse Yoongi/Mason, ele ia até sumir da fic (tanto que nem o coloquei como personagem) mas ele me conquistou e vai ficar êhhh. O título do capítulo é o nome da fic pq eu n sabia o que colocar, ai demiz falou sás coisa ai para sel e pensei: "é, vai ser isso" #sddscriatividade
Um pouco fora da fic, ou não, o que acharam de CFTS? Eu até que gostei da batida e tal, mas ainda sinto que é uma música tipica Disney. E a letra me broxou legal tb, mas parece ta fazendo sucesso e isso é bom pra ela :) respostas ←

como  não apaixonar? ç3ç

24/06/2015

11. Asian Boy


Você não é dessas garotas que não comem nada e quando comem enfiam o dedo na garganta para vomitar, né? 
Por Demi

As horas passaram rapidamente. Nem havia notado que já era hora do almoço. Eu estava tão concentrada em entender a pequena tarefa que meu novo professor de álgebra havia passado, quando todos os alunos saíram da sala deixando apenas eu e o professor Clark.
— Acho que você precisa se alimentar, não? — disse com sua voz grave, fazendo-me tomar um susto. Seu corpo estava à minha frente. 
— Ah... Todos já saíram? — perguntei envergonhada, sentindo minhas bochechas queimaram. — Eu estava tentando entender isso aqui... Mas qual meu horário agora...?   
Falei mais para mim mesma. 
— É o horário do almoço. — falou se afastando. — Se estiver com dificuldades pode vir diretamente a mim, irei te ajudar. Não quebre sua cabeça, okay? Temos um conteúdo diferente, é normal. — sorriu gentil, pegando sua pasta para caminhar até a saída.
Clark Reynolds era um jovem professor com ascendentes latinos, bem alto e dono de uma beleza suave. Não reparei muito em sua aparência, mas confesso que é bonito, do tipo que causa suspiros nas alunas (e alunos, sei lá).
O horário de aulas aqui é bem puxado. Temos cerca de quatro aulas e um intervalo para estudos antes do almoço e mais outra depois. 
Como minhas matérias eu escolhi língua inglesa – obviamente -, matemática, química e física avançadas, biologia, história, economia e geografia. E como língua estrangeira, que é obrigatório, francês. Como “matéria” de arte, pretendo me inscrever na banda da escola tocando flautim. 
Arrumei meus livros na mochila. Terei que organiza-los no meu armário depois.... 
Olhei meu relógio que marcava meio dia. 

***

Minha comida esfriava e eu me sentia estranha. Quer dizer, eu estava sozinha, sentada em uma mesa no canto do refeitório – que não continha muita gente – e não havia nenhum resquício da Selena ou até mesmo do Dylan. Depois do nosso “encontro” antes da aula, eu não a vi mais. 
Não vou perder meu tempo com ela, certo? 
Não posso deixar que a mesma história se repetisse nesse colégio. Ela cheia de amigos, extrovertida e alegre enquanto eu não tenho nada.
Mas com quem posso falar? 
Aish, isso é tão difícil. 
Passei meus olhos pelo refeitório à procura de alguém no mínimo interessante para fazer amizade. Ele é bem grande, porém pouco movimentado. E também é dominado pela cor branca, o que não me agrada muito. As mesas redondas estão espalhadas por todo o seu espaço e mais ao fundo encontra-se a cantina propriamente dita. 
Fui pega de surpresa pelo barulho de alguém sentando ao meu lado. 
— E ai? 
Eu não acredito. Um garoto falou comigo? 
— O-oi. — gaguejei, me virando para encara-lo melhor. 
E ele estava me encarando descaradamente e sorrindo. Um sorriso maravilhoso. Devo confessar que ele possui uma beleza estereotipada, por sua pele exageradamente branca como se fugisse do sol (qual é ele mora em L.A.!), seu queixo largo, uma mandíbula bonita, lábios grossos e rosados, nariz pequeno e fino, olhos verdes também pequenos, profundos e – o que acho ser uma característica marcante – puxados. Descente de asiáticos, talvez? 
Acho que tenho uma pequena obsessão pela descendência das pessoas... 
— Vai ficar me encarando por quando tempo? Avisa que faço umas posses legais, pelo menos... 
AI MEU DEUS!
— D-desculpe, é que eu... Eu... 
— Tudo bem. Não era para te deixar envergonhada e sim para te fazer rir! — riu debochado. — Aliás, me chamo Yoongie, mas todo mundo aqui me conhece como Mason... Desde quando asiático tem cara de Mason? Eu não sei...
— Yoon- o quê? — tentei pronunciar e definitivamente falhei, o fazendo rir. 
— Pode me chamar de Mason mesmo. — sorriu de novo. Ele não para de sorrir? — Você não vai comer? E a proposito você não me disse o seu nome. 
— Ah sim, sou Demetria, mas pode ser Demi. E eu não to com fome. 
— Você não é dessas garotas que não comem nada e quando comem enfiam o dedo na garganta para vomitar, né? Porque se for me avisa logo para eu pular fora. — Yoon- Mason arqueou as sobrancelhas, curioso. Eu arregalei meus olhos.
— Não! Eu só estou sem fome e... o que quis dizer com pular fora? — perguntei inocente. 
— Tipo, eu te vi sozinha, te achei gata e resolvi ver se conseguia alguma coisa... consegui? 
Corei e ele mais uma vez riu. 
— Estou tentando te fazer rir, Demiz, não dificulte ok? Enfim, você não é irmã da Selena de Nova Jérsei? Porque ela me falou que tinha uma irmã com um nome parecido com o seu...
— Você a conhece? — não sei por que fiquei surpresa. 
— Estamos na mesma turma de biologia. — falou, tentando soar natural. — Vai rolar uma festa de uma aluna daqui hoje, ta a fim de ir? Ela é meio puta, mas suas festas são legais... A tua irmã vai. 
Eu realmente não sei como agir. 
— Por favor, não diz não... Seja uma pessoa legal e aceite meu convite, ok? 
— Hum... é que eu não te conheço. — disse tímida. 
— Vai conhecer, ué.
— Tudo bem. 
Concordei olhando para baixo, mas ainda pude ver ele dá um sorriso. E que sorriso lindo. 

Boo Yah! Como vão? Espero que bem >< 
Juro que tentei não demorar, mas não consegui! To morrendo de sono, perdoem essa coisa ai.
Eu cometi um erro no capítulo passado. A carga escolar é de seis horas e meia, ok? Eu tinha colocado sete, pois não tinha organizado os horários ainda. Desculpem mesmo :c
O capítulo seguinte e os demais começarão a ficar maiores. N quero prolongar muito a fic, por isso. 
O "Mason" é essa dlçinha aqui do gif, sei que algumas características -tipo tudo- não tem nada a ver e.e mas ignorem isso, ok? jajjakjaakjkjaj Graças a minha amiga to viciada neles e vão até fazer show aqui mês que vem... Eu to ouvindo coreanos gente, como pode? Já to começando a parar sajsjkak
Obrigada a quem está lendo! Não sou de exigir comentários nem nada, mas agradeço de verdade a quem lê e comenta ♥ Beijos! Ah, e o que acharam de good for you? Eu amei <3 

15/05/2015

10. L.A Boys


Sempre vou me referir a eles como os garotos de beleza mediana.
Por Selena
Fiquei vagando sem rumo pelo colégio. Até encontrar a quadra de esportes vazia. Me enfiei ali dentro e fiquei até o sinal bater.
Não estava com vontade de conhecer o colégio com minha irmãzinha e a loira. Sei que fui meio antipática e foi uma terrível primeira impressão, mas não sei o que tenho realmente. Mau humor e raiva e, além do mais, sou muito teimosa.
Cansada de ficar pensando nisso. Peguei meu ipod para olhar as horas, eram oito e quarenta e cinco. Segundo o meu horário cada aula possuía cinquenta minutos, tinha que me apressar ou iria me atrasar. A questão é que eu não sabia para onde ir.
Parabéns, Selena!
Revirei os olhos e tentei voltar pelo mesmo lugar, só que minha memória é péssima.
O sinal já iria soar.
Ironicamente, acabei encontrando com Demi e a Baylor no caminho... Ou eu tenho uma puta sorte ou sei lá.
Me aproximei delas, pegando o resto da conversa.
— Saiba que a carga horária escolar é de seis horas e meia. E se fizer uma atividade extracurricular ficará aqui por mais tempo. Você pode procurar o diretor de atividades para mais informações, e, talvez, se inscrever. — a loira falou. O sino tocou. — Com licença, tenho que ir.
Ela se despediu e foi embora. Demetria tinha um sorriso idiota no rosto, somo sempre.
— Ela é muito gente boa. — comentou e eu não tava nem ai. — E conhecemos a escola inteira.
— Legal. — respondi sem interesse.
— Você deveria ter ficado, mas eu resolvi me importar menos com você. — reprimi o riso, era tão engraçado vê-la tentando se manter indiferente em relação a mim. Demi nunca conseguiria. Resolvi provocar.
— Você já deveria ter feito isso há muito tempo. — falei sincera.
Demi ficou me encarando sem dizer nada. Somente fazendo seu papel de trouxa. Depois de suspirar ela seguiu para qualquer que fosse a sua aula e eu após um momento de procura, na de biologia.

***

Quando se é novata em um colégio de ricos e com três meses de atraso, a única coisa que você deve fazer é não chamar atenção. Deixe que notem você naturalmente.
A professora estava sentada em sua mesa corrigindo alguma coisa quando eu entrei. Pigarrei para chamar sua atenção, ela olhou para mim com um sorriso totalmente forçado.
— Oh, a senhorita deve ser a aluna nova. — disse mais que o obvio após ajeitar seus óculos. — Apresente-se, por favor, e escolha uma cadeira.
— Sou Selena e vim de Novo Jérsei. — falei tímida, não sei por que. Os alunos me deram um breve aceno com a cabeça.
Olhei para as três únicas cadeiras vagas. A primeira era logo na frente, ao lado de uma provável asiática brega. De jeito nenhum. A segunda, já no centro da sala, ficava entre duas loiras peitudas e com cara de putas. Não. Já a última estava bem no fundo ao lado de garotos com beleza mediana. Suspirei e caminhei até a última fileira.
A data estava no quadro e achei aquilo no mínimo infantil já que todos esses garotos aqui já devem ter seus dezessete/dezoito anos. É ridículo. Mas mesmo assim encarei a lousa negra, 29 de novembro de 2014.
O ano já está acabando, ho ho! É, eu não dou à mínima.


***

Tentei de todas as formas me concentrar na explicação, mas eu tinha três meses de conteúdo atrasado e o murmúrios e cochichos atrás de mim, me estressavam. Até por que era sobre mim que falavam.
Sim, os garotos de beleza mediana estavam falando de mim e eu não conseguia escuta-los, pois minha audição é péssima.
Fazer desenhos aleatórios foi a minha distração. Eu já estava entediada, o que era um mau sinal. Eu me entedio muito rápido, puta merda.
O tempo passou depressa e eu nem notei que a aula havia acabado. Fiquei tão imersa em pensamentos idiotas e desnecessários que um dos garotos de beleza mediana teve que me bater de leve para eu acordar.
— Porra. — murmurei só para fazer cena.
— Desculpe. — ele falou. — É que a aula acabou e você parecia distraída.
— Atá. — dei de ombros, todos os três garotos (só notei agora) ficaram me olhando. — O que foi?
Odeio isso.
— Nada, eu sou o Nick. Este é meu irmão Joe e esse com cara de idiota é o Mason. — tarde demais, sempre vou me referir a eles como os garotos de beleza mediana. Ele apontou para cada um que sorria. — Você por acaso é amiga do Dylan?
— Sim... Por quê?
— É que ultimamente ele vem falando muito de você. 


Gente, há quanto tempo não entro aqui? Quase três meses? Me desculpem, eu realmente não conseguia desenvolver nada nesse capítulo e aproveitei para me concentrar melhor na escola (tanto que deixei a fic de lado e acabou ficando super sem graça) mas a demora tava me matando e eu tive que escrever algo só para enrolar. Desculpem mesmo! Beijos 
Se estiver muito ruim eu to com sono ;c nome mais um escroto </3 


20/02/2015

09. First Day


Parece pornô asiático, sabe?
Por Demi.

Levantei mais cedo que o necessário. Primeiro para me adiantar e segundo para não encontrar com Selena. Eu ainda estou com um pouco de raiva e é melhor evitar vê-la.
Assim que terminei o banho procurei o uniforme já passado e arrumadinho. Ele até que é bonito e é igualzinho aqueles que vemos em filmes. A saia é um pouco acima do joelho, com estampa quadriculada das cores preto e cinza; a blusa social branca de manga vai até o pulso; a gravada é da mesma estampa que a saia. O blazer foi a peça que mais gostei; da cor branca, obviamente, e contornos laterais pretos. O símbolo do colégio preso ao peito esquerdo.
É até um pouco estranho, pois mamãe nunca teria dinheiro para pagar um colégio particular para duas pessoas.
Me arrumei sem muita vaidade e após terminar observei o relógio preso a parede. Eram 7:20 e conhecendo bem Selena, ela irá demorar muito para se arrumar. Fiquei tentada a chamá-la, mas se bem que ela precisa se dar mal um pouco... Não, não é de o meu perfil fazer isso. Me aproximei de sua cama.
— Selena! — chamei. — Selena!
Gritei balançando seus braços, ela se remexeu na cama e perguntou:
— Que?
— Está na hora da aula.
— Vai se foder. — disse e voltou a dormir.
— Acorda logo! — gritei agora irritada e ela levantou de vez.
— Que saco! — bufou e esfregou as mãos nos olhos. — que horas são?
— 7:25 — respondi dando as costas.
— Porra! — ela disse entrando correndo no banheiro.

***

Estavam todos a mesa tomando café da manhã, menos Sel. Dylan vestia um uniforme pouco parecido com o meu, a não ser pelo suéter ao invés do blazer e a calça no lugar da minissaia. 
— Onde está sua irmã? — Arthur perguntou enchendo o copo com suco de laranja. 
— Provavelmente se arrumando! — respondi meio nem ai. 
— Ela vai acabar se atrasando! — ele falou, reprovando com a cabeça alguma noticia do jornal diário. 
— Normal. — falei olhando pro meu prato. 
Alguns minutos depois ela desceu, o cabelo totalmente despenteado e o uniforme bagunçado. Ela estava com um cigarro na boca. 
— Mal dia para vocês! Cosplay de família feliz. Menos para você, querido. — ela apontou para Dylan. — Desejo toda a felicidade que uma pessoa da sua idade possa receber em uma quinta feira! 
Ela olhou indiferente para Arthur que a encarava sério. 
— Que é? 
— Tire isso da boca!
Com um revirar de olhos ela jogou a droga fora. 
— O que acharam dos uniformes? — Sidney resolveu falar, para quebrar o gelo. Eu olhei para mim vestindo aquilo e dei um sorriso. 
— É bonito. 
— Parece pornô asiático, sabe? Com aquelas ninfetas de olhos puxados pegando um coroa safado. — Selena falou mordendo uma maçã. Respirei fundo. Vergonha alheia. 
O dia já estava começando muito bem. 
— Não vai comer nada? — papai... Arthur perguntou a ela, impaciente. 
— Tô de boa. — Dylan deu um sorrisinho. 

*** 

O caminho de ida pro colégio foi desconfortável. Sidney dirigia, Dylan estava no banco da frente e eu e Selena atrás, sem nem olhar uma para outra. 
Ela sempre foi boa nessa coisa de ficar brava e ignorar as pessoas. Mas eu? Eu perco a vontade na hora. Não aguento e acabo cedendo, porém não farei agora. Espero.
E ela está encarando a janela agora, como se o mundo ao redor não lhe importasse. 
Existe algo em seu jeito que eu simplesmente não suporto. E não consigo dizer o que é. 
Sete e quarenta. Mamãe disse que o voo sairia às seis da manhã e por causa do fuso horário já deve estar a caminho. 
Eu gostaria de estar em Newark agora. Tenho saudade da minha cidade e da minha mãe, mas o que posso fazer! São somente três meses. Quer dizer, eu posso aguentar esse tempo. A questão é eu me acostumar de mais. Hoje mais cedo pensei em Arthur como “papai”. Meu Deus! Há quanto tempo não me refiro a ele assim?
Não posso. 
Merda. 
Sidney estacionou o carro. 
— Chegamos! — ela disse empolgada. 
Todos saíram do veiculo e fomos nos direcionando para dentro da escola enquanto ouvíamos Sidney falar. 
— Dylan tem aula agora! Nós vamos para uma reunião privada com a diretora Collins, é uma ótima mulher e sempre estará aqui para ajuda-las. Lembro quando Dylan veio para cá e ela foi tão gentil com ele. 
Nos despedimos de Dylan e fomos para sala de espera. Não havia ninguém ali, somente a secretaria que nos para esperar.
A sala é bem sem graça. Fiquei olhando pros meus pés sem saber o que fazer. Sidney lia uma revista e Selena escutava música em um volumo relativamente alto. Desse jeito ficará surda... Mas eu não me meto mais em sua vida.
Uma mulher bem mais velha saiu de uma sala acompanhada por mais dois adultos. Ela nos cumprimentou com um sorriso gentil. Entramos em sua sala.
— Bom dia, meninas, sejam bem vindas! — A diretora Collins nos disse. — Sabe, passei toda a minha tarde ontem analisando as fichas de vocês. Então Demetria, você tem um histórico excelente. Conte-me do que gosta.
Todas olharam para mim e fiquei sem graça.
— Eu gosto muito de exatas, Senhora Collins. — respondi e corei.
— E o que mais? — seu olhar era de pura curiosidade.
Mais? Parei para pensar um pouco, com dificuldade. Não sei mais nada interessante sobre mim.
— Eu... Toco violão e guitarra e... gostaria de entrar para banda da escola tocando Flautim. — gaguejei muito enquanto falava.
— Muito bem! Parece que temos uma mocinha que ainda não se descobriu, vamos ver o que muda nesse tempo que passar aqui, certo? — ela piscou. — Selena!
Olhei para minha irmã mais nova (por apenas 2 minutos) e ela estava escutando musica sem prestar atenção na conversa.
— Ah, oi. Desculpa, não queria ouvir a Demi falar então... Sou Selena! Odeio exatas, adoro ler, e, por favor, inclua artes nas minhas aulas. Gosto de sexo. Já fui suspensa por estar chapada no colégio e isso não vai acontecer aqui ao menos que algum aluno seja legal, sabe? Tenho namorado, mas nosso relacionamento é bem aberto. Eu gosto de escrever também e de sexo. Adoro. — ela sorriu, olhei feio para ela. — Que é? Ela pediu para me apresentar. Só estou sendo sincera, não vou mentir.
— Ok, parece que você me dará mais trabalho. Não se preocupe querida, arte já está inclusa no seu horário. Vamos aproveitar para conhecer o colégio! Minha monitora, Taylor, está ai fora e irá acompanhar vocês. Sidney, peço-lhe que fique por mais alguns instantes.
— Claro. — Sidney concordou e sentou-se na cadeira.
Após a Sra. Collins nos entregar alguns papéis e horários voltamos para sala de espera para esperar (nossa, Demetria! Que óbvio isso.) a tal da Taylor.
— Você não precisava ter dito todas aquelas coisas. — tentei puxar assunto com a gêmea má.
— A diretora não se importou. — Selena deu de ombros.
— É, mas é tudo passado. Você não precisa ficar espalhando nada disso.
— Não tenho vergonha.
— Eu sei bem disso. — suspirei e quando Selena ia rebater uma garota loira se aproximou de nós. Que menina linda e de aparência angelical.
— Oi! Meu nome é Taylor Alison Swift e vou fazer um tour com as duas pela escola. — ela se apresentou.
— Você precisa mesmo dizer sou nome completo? — Selena perguntou com asco. — Olha, não sou obrigada a aguentar isso. Se divirtam!
Ela saiu deixando Taylor sem graça.
— Não ligue para ela. Sou Demetria, mas me chame de Demi. Podemos começar?

Oi! Gostei mais deste capítulo ^___^ Como estão? Espero que bem!
Agora todos os outros personagens serão apresentados e a estória vai começar a decolar ♥
respostas

13/02/2015

08. Young



Ele vai ser bom para mim.
Por Selena 
Eu a odeio. E não digo isso só porque acabamos de brigar, eu sempre a odiei. Sempre. Quem ela acha que é para me julgar? Eu não sou nada e muito menos ela. Odeio esse seu jeito “certinho” e o nariz empinado. Como se, de alguma forma, fosse superior.
Droga. Droga. Droga.
Eu sou tão estúpida, tão ridícula. Como posso dar ouvidos a eles? Na verdade, a quem devo ouvir?
Merda. Merda. Merda.
Minha cabeça começou a girar e eu já não tinha mais noção de nada. Está acontecendo de novo.
Caminhei até a porta e a tranquei com o resto da lucidez que ainda me restou. Apaguei as luzes e minha visão já se tornava turva por causa das lágrimas, eu espero. Sentei na cama, o líquido quente já escorria por minhas bochechas deixando um gosto salgado na minha boca.
Eu sou estúpida, idiota, idiota...
Minhas mãos começaram a tremer e senti o coração ir acelerando, era cada vez mais difícil respirar.

***
— Selena? — dois toques na porta e alguém chamando meu nome.
— Sim?! — falei confusa.
— Desculpe, mas fiquei preocupado... Você estava dormindo? — Dylan entrou no quarto e acendeu a luz.
Tentei lembrar o que aconteceu, mas não consegui. Acho que peguei no sono.
— Sim. — confirmei e sorri, porém ele não foi embora.
— Você está bem? Eu ouvi a discussão, Demi parece estar melhor, mas você... chorou?
Dei um longo suspiro antes de continuar. O convidei para sentar ao meu lado na cama e, talvez, conversar um pouco. Dylan o fez e não disse nada.
— Por que você veio para cá?
— Eu não sou o tipo de pessoa que consegue lidar com os problemas. Quando o papai foi embora isso foi muito difícil para mim e eu não consegui esquecer, de jeito nenhum, eu só ia guardando ódio, rancor, tristeza. E conforme fui crescendo fui encontrando maneiras de... Me desligar. Conheci uma garota e ela não era uma “boa garota”; me levou para uma festa, lá tinha drogas e eu simplesmente viciei. Depois conheci o Steven, que usa também, mas apesar disso, elas acham que ele me causou tudo isso e não o aceitam. Eu fico puta com isso porque ele não merece esse ódio, sabe?
Dylan ouvia a tudo atentamente, sem me interromper ou me julgar. Ele era o único a fazer isso nos últimos tempos.
— E sempre estão me comparando com ela, mesmo que eu não seja ela. Eu nunca serei ela, mas parece que não estão interessados em me conhecer.
Não consegui conter as lágrimas.
— Então você... — Dylan não terminou a pergunta. Apenas olhou para mim e sorriu; havia algo bastante sincero em seu sorriso e quando ficava assim sua beleza era irresistível, e não estou falando do físico. — Não me importa o passado. Mas você tem que ver que nem tudo que faz é o certo e talvez só queiram te ajudar. Pelo pouco que te conheci, você é uma ótima garota e não deve ouvir somente os comentários ruins. Pode ter certeza que eles conhecessem você, por isso querem te salvar.
Olhei para chão sem saber o que dizer. Ele vai ser bom para mim.
— Boa noite, Selena! — ele disse se retirando do quarto.
— Boa noite, Dylan! — sussurrei quando ele já tinha ido.

***

Fiquei pensando em algumas coisas por um tempo até Demi entrar no quarto sem me dirigir o olhar. Ela deitou na cama e me ignorou. 
Fiz o mesmo. 
Se ao menos eu tivesse um celular para falar com a única pessoa que me apoia. Só que não, eles tiraram tudo meu e só me deram uma câmera e um ipod para sobreviver. 
Como já estava deitada na cama, apenas puxei as cobertas e fechei os olhos tentando dormir um pouco. 
Acho que uns cinco segundos depois, fui interrompida e adivinha por quem? 
— Meninas, já estão deitadas? — a bruxa má do oeste falou. 
Tive vontade de responder, mas me contive. 
— De qualquer forma, só queria falar que passei o dia resolvendo detalhes da escola. Aqui está o uniforme. — ela colocou a roupa na ponta de nossas camas. — Amanhã começam as aulas, boa noite. 


Eu não tenho palavras para descrever o meu desgosto por esse capítulo. Não queria posta-lo, mas não gosto de demorar e uma amiga minha disse que estava bom. Culpem ela!
Enfim, espero que pelo menos vocês gostem e saibam que o próximo será beeem melhor. xx
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